PET QUÍMICA UFAL COMEMORA: DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES E DAS MENINAS NA CIÊNCIA




DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES E DAS MENINAS NA CIÊNCIA


Música para acompanhar a leitura: 

Hoje, dia 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Ter momentos, espaço e voz para falar sobre o assunto é muito importante para que as menções ao trabalho feminino na ciência não sejam limitadas aos estudos da polonesa Marie Sklodowska Curie, grande personalidade científica que marcou o momento histórico do primeiro Nobel atribuído a uma mulher. No entanto, é necessário discussões para romper o estereótipo da pessoa cientista masculina, branca, europeia e pesquisadora das ciências exatas. 

Não é surpresa que a mulher foi, historicamente, oprimida e subestimada pela sociedade. Na literatura,  Percy Shelley assinou a primeira edição do “ Frankenstein” de Mary Shelley, pois uma escritora jovem não poderia convencer a sociedade britânica da autoria de tal obra. Com efeito, tal comportamento também foi refletido no cenário científico e, como exemplo, poderíamos citar a história de Marie-Anne Pierrette Paulze, mas se você não reconhece este nome, talvez lembre da “esposa de Lavoisier” que tem colaboração reconhecida, de ilustração e catalogação, nos estudos de seu cônjuge; entretanto, não sabemos até onde as publicações de Lavoisier são genuinamente suas e onde as descobertas foram de Marie. O fato é que o trabalho da francesa foi ofuscado pelo machismo da época.


No entanto, aos poucos, a historiografia vem nos trazendo novidades e refazendo estes e outros episódios das vidas femininas. Também não podemos negar a evolução que já houve, graças à luta e revoluções femininas, em relação aos espaços atribuídos ao trabalho de mulheres na ciência e conseguimos mencionar alguns nomes que contribuíram e contribuem com o desenvolvimento de novas visões de mundo e tecnologias que melhoram a qualidade de vida dos sujeitos. Gertrude Elion, que após muitas rejeições, foi laureada com o Nobel de medicina em 1988; Ada E. Yonath, a primeira mulher do oriente médio a conseguir o Nobel, em 2009, graças a seus estudos que possibilitaram o desenvolvimento de novos fármacos; e não poderíamos deixar de citar o trabalho de  Jaqueline Goes de Jesus, biomédica, brasileira e negra que recebeu muito reconhecimento atualmente ao decodificar o genoma do SARS-Cov-2 e auxiliar no conhecimento do vírus causador da Covid-19 e de mudanças drásticas no dia a dia mundial. 

Em termos de representatividade, sabemos que muito ainda precisa ser feito para que os números indiquem a valorização das mulheres e meninas na ciência, mas é preciso ser e manter a resistência para aumentar nosso espaço e voz.


Texto por Fhysmélia Albuquerque.



 

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